sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Rho$$i, Ex- Pavilhão 9 esta de volta

Rhossi ( líder e vocalista da banda Pavilhão 9 ) chega com o seu novo trabalho, o 3° vídeo clipe de sua carreira solo " Coração Bate " com produção de Alex Kundera da produtura Drops Tv. Participação da cantora Quelynah ( Antônia ) e Dj Hum. O vídeo clipe foi filmado em São Paulo trazendo o lado urbano hip hip com estilo. Em sua nova fase Rhossi vem experimentando variadas rimas, ritmos e colagens que compõem a sua música: Soul, Funk 70, R&B e Soul Brasileiro. Se firmando cada vez mais em sua carreira solo iniciada em 2008 com o EP " Primeira Prova " de onde surgiu o 1° vídeo clipe " Da água para o Vinho " direção de Erich Batista. Em 2010 surpreendeu com o vídeo clipe " Todo Calor " com direção de Maurício Eça e Alex Bandeira ( Marcelo D2, Raimundos, Capital Inicial, Racionais ). Os vídeos " Da água para o Vinho " e " Todo Calor " tiveram uma ótima repercução nas redes sociais e Tvs ( Mtv, Play Tv, Mix Tv e Multi Show ) nos sites ( Rapevolusom, Uol, Radar Urbano, Terra, Coletivo Mtv ) no You Tube, os dois clipes somam a marca de mais de 50.000 mil views. Um numero considerável para um artista que realizou estes dois projetos de forma independente. 






E aí, o que vocês acharam??

sábado, 19 de novembro de 2011

Emicida - Sorrisos e Lágrimas

Clipe novo do EMICIDA que ta rolando.



A rua é noiz + uma vez.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Dia da Favela


Celso Athayde fez um post para o Site Yahoo muito bom falando sobre a invasão da favela nos Trending Topics do Twitter. Vale a pena dar uma conferida.


Por Celso Athayde | Eu e Ela – seg, 7 de nov de 2011
Foi com muita alegria que nesse fim de semana, mais precisamente na sexta e sábado passados,  que vi o #diaDAfavela no Trending Topic Brasil, e isso nada tem a ver com o fato de a CUFA  ter proposto no Rio a lei que transforma formalmente o dia 04 de novembro no dia da Favela. Lei que vem se desdobrando  em municípios como  Salvador, Porto Alegre e Fortaleza (só para citar alguns). Mas,  para mim,  o importante é que o TTBrasil traz a favela para o centro de uma discussão maior, diferente da simplista, como  o  jargão de que  99% dos favelados são do bem ou  que na favela a maioria é trabalhadora. A meu ver a discussão passa longe disso.

Hoje se discute  no mundo inteiro, e claro no Brasil também, o tema “DESENVOLVIMENTO”.  E a favela, onde fica nisso? Este é o ponto central. Não podemos discutir desenvolvimento no país se as favelas e seus habitantes não se desenvolverem também, e sabemos que isso não é automático, os números comprovam.  Existe o risco obvio de o país se desenvolver e a distancia social e o abismo aumentarem ainda mais. Por isso, fiquei feliz ao ver milhões de pessoas  tuitando, alguns até xingando as favelas e os favelados, como possivelmente vai acontecer aqui, não importa. O importante é ela estar na pauta nacional a partir de uma nova lógica, sua festa e a existência de seus moradores.

O melhor dos mundos é o que não existe favelas. Sim, mas elas existem, estão entre nós, ilhando-nos  muitas vezes. Logo, a melhor maneira de enfrentar esse problema, que pode ser considerado o mais grave de todos por conta das suas consequências, é encará-lo de frente.

Precisamos de uma política de habitação, de transporte séria, capaz de resolver essas questões, seja nas metrópoles, no campo, seja nas comunidades ribeirinhas ou quilombolas. Não importa a nomenclatura, falo das pessoas que vivem em espaços físicos em grande desvantagem social.  Precisamos  trabalhar na perspectiva do acesso, escola, posto de saúde, comércio, enfim, a mais variada gama de serviços que se tem que ter, do contrário iremos eternamente conviver com projetos sociais  nas favelas como paliativo, e com  ódios proferidos contra a favela e os favelados, como se eles estivessem lá por opção e não pela falta dela.

Criar o dia da favela não é uma forma de festejar  uma anomalia social. É reconhecer as culturas desses locais e instigar uma reflexão para uma mudança necessária para todos. Conviver com as favelas não é uma opção individual de cada um de nós, é assumir uma realidade  que precisa ser mudada por todos, sobretudo por políticas publicas que não deveriam melhorar  as favelas, mas efetivamente fazer com que elas virem lendas distantes. Claro que o estresse e o preconceito gerados pelos vários lados são históricos  e precisamos reconhecer a legitimidade de todos esses sentimentos.  Sabemos que devemos nos despir dos preconceitos para avançar e criar essa via de mão dupla para construir  novas possibilidades. É  cultural e  lento esse processo, mas é preciso lembrar  que a favela não é a única a produzir violência. Ela é o efeito colateral  da violência social e moral que milhões de pessoas foram  e são submetidas.

Quanto ao #diaDAfavela comemorado no Twitter nos dias 04 e 05 de novembro, muitos  responderam a essa invasão da favela no TTBrasil com ofensas, ingenuamente legítimas. Mas não podemos nos esquecer que se existe o dia  do jornalista, do médico, da mulher, das crianças, do dentista...  e soldado, floresta, natal, árvore, construção civil, vendedor, aves, abelha, lobinho, sogra  e tantas outras formas de prestar homenagens a quem quer que seja, penso que a favela pode se auto homenagear sim, sem precisar inclusive que o Estado legitime sua decisão. Ela deve decidir como deseja e se tem motivos para comemorar, assim como decidir  se é uma data simbólica para fazer suas reflexões para suas sonhadas mudanças. Considerando, principalmente, que as desigualdades são vistas como coisas absolutamente  normais, como algo sem relação com produção no convívio na sociedade, não é. Não sou inocente de achar que viver num país justo é transformar todos os cidadãos em Silvio Santos, que enriquece depois de uma passagem como camelô. Equilíbrio é ser o motorista do Silvio sem ser necessariamente infeliz por conta disso.

Para os que acreditam em Jesus, vale lembrar que ele  nasceu em Belém (ao menos segundo os Evangelhos de Mateus e de Lucas) entre fezes , miséria e ratos. Logo, podemos supor que #jesusnasceuNAfavela, não?

Então fica combinado que, seja você morador ou ofensor de periferias, quebras, comunidade carente, comunidade popular, morros etc... no dia 04 de novembro pode se manifestar contra ou a favor, por que  agora é “oficial” no Brasil. Dia 04 é dia da favela, e quem achar ruim eu faço coro, mas vamos encontrar uma alternativa para ela.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Criolo e Emicida dominam premiação do VMB 2011






O hip hop dominou o VMB 2011, que aconteceu no dia 20-10-2011, em São Paulo. Com três prêmios - Revelação, Melhor Disco e Melhor Música - o rapper Criolo se consolida de maneira definitiva no cenário nacional. O rapper paulistano Emicida levou os prêmios de Artista do Ano e Clipe do Ano, pelo vídeo da música 'Então Toma'.





Neste ano, o VMB foi diferente de todas as outras edições da história da MTV. Cerca de 40 artistas fizeram parcerias inusitadas em sete shows que misturaram gêneros, estilos e vozes em três palcos simultâneos. Miranda, o produtor musical do VMB, explicou que a logística para fazer os artistas tocarem ao mesmo tempo em três estúdios diferentes foi "quase um milagre". 
O primeiro show foi bombástico. No palco principal, Nação Zumbi e Seu Jorge. No palco B, Emicida e Macaco Bong. No palco C, Guizado e um grupo de metais. Eles tocaram, ao mesmo tempo, a música 'Você e eu, eu e você', do Tim Maia, enquanto o rapper Emicida percorria os três palcos fazendo um freestyle que levantou o público presente nos estúdios Quanta, em São Paulo.







A música não parou no VMB. Adiante veio o duo mais esperado da noite, com o consagrado Criolo ao lado do ícone da tropicália, Caetano Veloso. A dupla tocou a premiada canção 'Não Existe Amor em SP', do 'Disco do Ano', 'Nó Na Orelha', de Criolo.






Pra quem não conhece o Criolo ou o Álbum dele, baixe aqui e confira.


 E ainda teve uma apresentação pra lotar os dois palcos do VMB


Criolo e Emicida receberam ao total 5 prêmios. Criolo – 3 (Melhor Música do Ano – “Não Existe Amor em SP”, Melhor Disco e Revelação) e Emicida – 2 (melhor clipe e Artista do Ano). Nesta edição ainda tivemos marcando presença , Karol Conká, Lurdez da Luz, Flora Matos, Marcelo D2 e Start.


Deixo aqui ainda o novo clipe do Criolo que esta bombando:


4P!Paz





quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Rael da Rima

Rael lança novo clipe do single Ela me faz.





E aqui o ultimo clipe se alguem não viu ainda.



Parabéns pelo trampo. E quem gostou da um like lá no youtube, isso ajuda o artista pacas.

domingo, 31 de julho de 2011

Baixe O Novo Disco Do Emicida

por Equipe The Creators Project 30 de julho
Não temos palavras para descrever nossa satisfação neste momento. É com muito orgulho que apresentamos o novo disco do Emicida: Doozicabraba e a Revolução Silenciosa produzido pelos norte-americanos K-Salaam & Beatnick em parceria com o The Studio. Você pode ouvir o álbum todo aqui no site e baixar ele em troca de um simples tweet. Clique na imagem abaixo para baixar o seu:




Ouça algumas musicas:
Compre o disco pelo link www.emicida.com . A versão física do disco acompanha uma faixa Bônus que você não Encontra na versão para Download.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Thaide, o meu nome é Thaíde !

Entrevista tirada da revista Raça http://racabrasil.uol.com.br/cultura-gente/156/artigo221165-2.asp


Perto de completar 44 anos, Altair Gonçalves, mais conhecido como Thaíde, continua sendo uma referência do hip hop brasileiro. Da infância difícil e muito pobre na zona sul de São Paulo, ele conquistou respeito e admiração por onde passou, ganhou espaço na televisão brasileira e hoje faz sucesso também como repórter do programa A Liga, exibido na Band, no qual o seu lado jornalista vira e mexe esbarra com a realidade vivida por ele no passado. Thaíde também já exercitou o seu lado ator em três filmes para o cinema, mas deixa claro que é no hip hop que se realiza por completo. "Eu estou jornalista, e atuo, mas eu sou mesmo é um MC", avisa. Nesta entrevista, Thaíde fala de preconceito, da carreira artística, das boas lembranças dos tempos de São Bento, do Black na Cena Music Festival (evento de música negra que será realizado em São Paulo em julho), e de como o movimento hip hop mudou sua própria vida e de milhares de pessoas

O rapper chega ao Beco da Vila Madalena, no famoso bairro paulistano. Local de grandes graffitis e palco da entrevista para RAÇA BRASIL
Como foi a infância do menino Altair?
Nasci na Cidade Ademar, na Vila Constância, em São Paulo. E é o seguinte: a gente tinha uma vida muito difícil, mas isso é uma coisa natural para quem vive na favela, infelizmente, principalmente naquela época, que não tinha tanta oportunidade. As pessoas tinham que fazer suas oportunidades. Hoje, você tem trabalhos e profissões alternativas, tem como buscar, é bem diferente daquela época. Eu ia nas casas das pessoas para conseguir o que a gente chamava de "auxílio", por isso que sempre digo que a zona sul de São Paulo é uma região que eu conheço muito bem. Eu passei a infância procurando esse "auxílio".
Como assim, auxílio?
Bom, o "auxílio", era esmola mesmo. A minha mãe, que já morreu, sempre fez isso. Ela veio de um lugar chamado Serra Negra e, quando chegou em São Paulo, teve que se virar e a maneira dela para sobreviver foi essa, sair na rua pedindo esmola. Ela era analfabeta, mas boa em matemática.
O que o break significou pra você?
Eu dançava soul e para o break foi rápido. Tinha o suingue, a ginga, o gosto pela cultura negra. Quando vi o break, me liguei que era a evolução da dança do gueto.
"EU NÃO SOU JORNALISTA, ATUO EM ALGUMAS COISAS, MAS NÃO SOU ATOR. EU SOU MC DE RUA E SE DEIXAR DE SER ISSO, REPITO, NÃO EXISTIREI MAIS"
E quando você percebeu que o hip hop poderia ser o seu estilo de vida?
Naquela época não tinha o hip hop no Brasil. Os Djs eram de baile e estar numa época que não tinha nada disso foi muito dificil. Não se tinha uma perspectiva. O índice de repetência ou ausência nas escolas públicas era asustador e o hip hop até conseguiu diminuir isso. Em 1985 foi que percebi que não precisava mais levantar às quatro da manhã e andar de três a quatro quilometros para chegar no trampo. Poderia começar a viver do hip hop.
Você tem uma carreira consolidada na TV. Trabalhou na MTV, Globo, TV Cultura e agora, na Band. Qual a sua opinião sobre a representatividade do negro na televisão brasileira atualmente?
Ah, é muito bom quando vemos um negro na TV, é bem diferente do que a gente estava acostumado a ver. A necessidade de aparecer bem é tão grande que falta o espaço para a gente aparecer do jeito que tem de ser, então, acho que consigo fazer muito mais que isso. Só aparecer já não é o suficiente, devíamos ter o nosso espaço, o nosso programa de TV, o nosso programa de rádio e não fazer como se fosse um combate. O nosso direito é um direito de cidadania. Só que tem de trabalhar para isso e se preparar mais. E, nessa, eu me incluo.
No programa A Liga, da Band, você já subiu em prédios e dormiu na prisão. Quais foram os momentos mais difíceis?
O momento mais difícil eu achei que fosse o da exumação. Depois, o da cracolândia. O programa na cadeia não foi difícil, difícil foi sair de lá. O câmera queria que eu voltasse para o presídio para fazer mais uma cena de despedida. Eu me recusei porque, quando saí da cela, vi um monte de rostos olhando para mim tipo, "eu quero sair, me leva junto".

E o programa que mostrava como sobreviver com um salário-mínimo?
Foi o mais difícil até agora! Tive que voltar para aquele passado que estava dizendo, da vida difícil, tendo de se virar da maneira que pode. Parecia que eu estava pedindo esmola e a ideia do programa era que não me reconhecessem. Teve um momento que eu pedi uma ajuda para uma pessoa e ela me deu esmola. Aquilo me emocionou!
Relembrando a sua infância, acha que a sociedade mudou o olhar nesse quesito?
A sociedade mudou em vários aspectos, mas acredito que ela ainda não tenha mudado dentro de si. A sociedade mudou o aspecto material, a questão financeira, a estética, mas por dentro, ainda tem que mudar bastante!
Outro tema de A Liga foi sobre a legalização da maconha, apoiada até pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. O assunto é mesmo polêmico?
Tinha que pensar bem nessa situação, com bastante cuidado, pensar nos detalhes. Eu sou favoravel sim à legalização! Iria mudar muita coisa, enfraqueceria muita que coisa que precisa ser enfraquecida e, intelectualmente falando, as pessoas iriam ter consciência de suas responsabilidades.
Corpo fechado
( Thaíde & DJ Hum)MA
Me atire uma pedra
Que eu te atiro uma granada
Se tocar em minha face sua vida está selada
Portanto meu amigo, pense bem no que fará
Porque eu não sei, se outra chance você terá ...
Você não sabe de onde eu vim
E não sabe pra onde eu vou
Mais pra sua informação vou te falar quem eu sou
Meu nome é Thaíde
E não tenho R.G.
Não tenho C.I.C.
Perdi a profissional
Nasci numa favela
De parto natural
Numa sexta feira
Santa que chovia
Pra valer
Os demônios me protegem e os deuses também
Ogum, Iemanjá e outros santos ao além
Eu já te disse o meu nome
Meu nome é Thaíde
Meu corpo é fechado e não aceita revide, Thaíde ...
Na 43 eu escrevi o meu nome numa cela
Queimei um camburão
Que desceu na favela
E m briga de rua já quebraram meu nariz
Não há nada nesta vida que eu já não fiz
Vivo nas ruas com minha liberdade
Fugi da escola com 10 anos de idade
As ruas da cidade foram minha educação
A minha lei sempre foi a lei do cão
Não me arrependo de nada que eu fiz
Saber que eu vou pro céu não me deixa feliz
Essa prece que tu rezas eu já muito rezei
E pro deus que tu confessas eu já muito me expliquei
(refrão)
Thaíde...
Tenho o coração mole mas também sou vingativo
Portanto pense bem se quer aprontar comigo
Se achas que esse neguinho sua bronca logo esquece
Então não perca tempo pergunte a quem conhece
Eu só gosto de quem gosta de mim
Mas se for os meus amigos eu luto até o fim
Se mexer com a minha mãe
Meu dj ou minha mina você pode estar ciente sua sorte
está perdida
Pode demorar mas eu sempre pago minhas contas
Também não sou louco pra dar soco, em faca de ponta
Sempre cobro as minha contas com juros e correção
16 toneladas eu seguro numa mão Thaíde ....
Não nasci loirinho com o olho verdinho
S ou caboclinho comum nada bonitinho
Feio e esperto com cara de mau
Mas graças a Deus totalmente normal
(refrão)
Thaíde ...
Mas meu nome é Thaíde ...
"ISSO É IDIOTICE, PORQUE NINGUÉM VAI TIRAR O RESPEITO QUE EU CONQUISTEI, FOI UM MÉRITO QUE NINGUÉM VAI TIRAR DO DJ HUM, DOS RACIONAIS OU DE QUEM TEM MAIS DE 15 ANOS DE ESTRADA. TUDO O QUE A RAPAZIADA ENCONTROU QUANDO COMEÇOU A FAZER LETRAS, PRODUZIR MÚSICAS, FAZER SHOWS, FOI VENDO A VELHA ESCOLA"
Apesar da fama e do reconhecimento de hoje, você ainda sofre preconceito?
Isso é como se fosse uma doença crônica. É como eu já te disse: o ser humano não melhora dentro de si. Quando você olha para uma pessoa diferente porque ela tem uma condição financeira melhor, isso mostra que você é pior que aquela pessoa. Eu sempre sofri e sei que vou continuar sofrendo preconceito. A gente sempre atacou essas pessoas e não adiantou nada. A questão é usar a inteligencia e dizer que não precisa fazer nada disso. Precisa ter é força de vontade e inteligência, porque talento e força de vontade são coisas que Deus nos deu
Qual a sua opinião sobre a nova geração do rap?
Criolo Doido lançou um CD em que ele canta Bossa Nova e explora a música de maneira muito respeitosa. Isso eu dou valor! Uma pessoa que, independentemente do estilo que faz, tem a música com respeito. Criolo é uma das melhores coisa que se tem hoje em dia. Tem o Projota, um garoto que tem o dom da rima que também é muito bom, a Flora Matos...
Existe divisão entre a velha e nova escola do rap?
Não existe, mas estão começando fazer existir e algumas pessoas estão abraçando essa ideia. Isso é idiotice, porque ninguém vai tirar o respeito que eu conquistei, foi um mérito que ninguem vai tirar, do DJ Hum, do Racionais ou de quem tem mais de 15 anos de estrada. Tudo o que a rapaziada encontrou quando começou a fazer letras, produzir músicas, fazer shows, foi vendo a "velha escola". Existe um relacionamento de grande respeito, agora, não sei quem deu a ideia e, pior ainda, não sei quem gostou da ideia de se começar uma rixa. "Escola é escola".
"PASSEI A MINHA INFÂNCIA PROCURANDO AUXÍLIO (ESMOLA). A MINHA MÃE, QUE JÁ MORREU, SEMPRE FEZ ISSO"
" SÓ APARECER JÁ NÃO É O SUFICIENTE, DEVÍAMOS TER O NOSSO ESPAÇO, O NOSSO PROGRAMA DE TV, O NOSSO PROGRAMA DE RÁDIO E NÃO FAZER COMO SE FOSSE UM COMBATE. O NOSSO DIREITO É UM DIREITO DE CIDADANIA. SÓ QUE TEM DE TRABALHAR PARA ISSO E SE PREPARAR MAIS. E, NESSA, EU ME INCLUO"
Thaíde com o repórter Alexandre de Maio
Qual a melhor lembrança que você traz dos anos 80, aquela famosa época da São Bento?
A união, independentemente da gangue ou de que parte da cidade você era. Se uma tivesse um conflito, todos se uniam para poder resolver. Isso acontecia na São Bento! A gente não conseguia entender como que duas gangues se enfrentavam na dança e quando estavam sozinhas ficavam lado a lado. Isso não se tem mais, infelizmente.
O que achou do brasileiro Neguin levar o troféu de melhor B.boy do mundo?
Eu me lembro que o nosso sonho era ir para nova Nova Iorque. Quando a gente vê um B.boy brasileiro assim, ficamos sem palavras, porque é muito dificil encontrar um B.boy hoje em dia, é uma coisa que lamento bastante. Mas eu tenho a certeza que o Neguin merece todos os nossos parabéns. E que ele seja sempre o mesmo neguinho.
O rap ainda é malvisto pela sociedade, como era antigamente?
As pessoas só divulgam o lado negativo do rap brasileiro, não divulgam o lado bom. Muita molecada que só ficava na rua, a gente conseguiu levar para a escola. Conseguimos fazer com que muita gente que não queria saber de nada arranjasse um emprego e tivesse mais responsabilidade na sua vida. Nós ajudamos muita gente a se achar, elevando a autoestima dessas pessoas.
O que você costuma fazer nas horas vagas?
Nas horas vagas eu vagueio e ouço pouco hip hop. É que eu gosto mesmo desta batida, ouço uma ou outra, mas prefiro ouvir músicas antigas. Gosto da época de ouro do samba, tenho um MP3 com várias músicas antigas.
Musicalmente, quais são seus planos?
Estou preparando um CD mix com músicas mixadas com várias participações, como Ana P, Pentágono, Pump Killa, Xandão, entre outros.
E disco novo?
Já tentei arranjar várias desculpas, mas nenhuma delas é boa o suficiente, então, o melhor é dizer a verdade: o meu ritmo é bem diferente de antes, é mais acelerado, embora falte tempo. As inspirações não são as mesmas, dizer que escrevo como eu escrevia antes seria uma grande mentira. Não tenho a mesma facilidade.
Mas eu adoro o que faço, não tenho explicação. Se eu deixar de fazer isso, não irei mais existir. Eu não sou jornalista, atuo em algumas coisas, mas não sou ator. Eu sou MC de rua e se deixar de ser isso, repito, não existirei mais.
BLACK NA CENA E AUTOESTIMA
Thaíde com outras feras da música negra brasileira: Dj Grand Master Ney, Simoninha e Max de Castro, o idealizador do Black na Cena Music Festival, Ricardo de Paula ( da Entre Produções), e o rapper Xis
Thaíde é uma das atrações de um megafestival que acontece em São Paulo entre os dias 22 e 24 de julho. Mestre de cerimônias do Black na Cena Music Festival (e uma das principais atrações) o rapper fala da importância de eventos desse porte no cenário hip hop: "O Black na Cena vai trazer o Redman, o Method Man, os melhores rappers norte-americanos, o Jorge Clinton e o Public Enemy, que tocaram no Brasil há quase 15 anos. Vamos poder ver de novo! As pessoas têm medo de abrir portas e janelas e esse projeto vai colocar gente já consagrada na música black mundial com outras consagradas da música black brasileira.
O projeto chamou a minha atenção exatamente por isso. Vamos subir no palco e teremos aquela sensação de que Jorge Clinton vai ouvir e tocar no mesmo som que os artistas nacionais, colocando todos no mesmo patamar." Para Ricardo de Paula, diretor da Entre Produções (organizadora do Black na Cena Music Festival) , a escolha de Thaíde como umas das principais atrações do evento se justifica pela história do artista. "O Thaíde é um dos precursores do rap do Brasil, que saiu dos encontros de B-Boys na estação São Bento. Ele é um artista versátil, circula livremente na periferia e fora dela, tem a pluralidade que o nosso festival representa. Ele personifica nossa proposta."

segunda-feira, 13 de junho de 2011

O melhor clipe de Hip-Hop que eu ja assisti

Se você assistir não ira se arrepender.



O responsável por essa obra prima é o Rapper Krs-One.

Congratulations my brother.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

terça-feira, 17 de maio de 2011

Abertura da Semana do Hip Hop de Francisco supera as expectativas

Quem esteve presente na Abertura da 2° Semana de Hip Hop de Francisco Morato, ocorrida na ultima sexta (13) no Teatro Laura Bressane (CSU), foi surpreendido com um sensacional diálogo do Hip Hop com outros movimentos periféricos. Nem o atraso nos trens da linha 7 da CPTM, que adiou em mais de uma hora o início do evento, mudou a energia.
 
Sob o comando do mc de ‘milianos’ Luiz Preto (Caos do Subúrbio), a noite começou com a primorosa veia poética de Akins Kintê.  Na sequência, os presentes puderam conhecer um pouco mais da história negra, com o professor de História da Cultura Africana e Afrobrasileira e assessor do Instituto Luiz Gama, João Bosco Coelho.
 
Para agitar o clima, os ‘manos’ do Sistema Afro Verbal tomaram a cena. O grupo, do bairro Jardim Rosas, representou com talento a cidade de Francisco Morato.
 
O rap, mais uma vez em Morato, deu espaço para o discurso político do primeiro vereador pelo Movimento Hip Hop Anderson Silva (PT ), autor da Lei da Semana do Hip Hop no município.
 
Anderson falou da importância de Francisco Morato no cenário Hip Hop e do regaste que deve ser feito pelos militantes da cidade. E ao final de sua fala, Luiz chama ao palco o grupo Sistema 157, do bairro Parque 120. O grupo moratense, que estava fora dos palcos desde 1997, volta com todo o fôlego e leva o público a refletir sobre vários problemas que assolam o povo pobre da periferia.
 
Dos manos pra minas
Assim que o Sistema 157 deixou o palco, as meninas do Sarau com Elas (Vila Fundão) sob o comando de Martinha, tomaram o espaço. Ao lado da trupe Incena, que apresentou um trecho da peça Jingle Bell, as meninas do Sarau com Elas mostram que têm muita voz, muita consciência social e muita animação. Destaque para Shirley Voz, que contagiou o palco com suas referencias às grandes Divas da música negra.
 

Nós africanizamos SP
Aproveitando o culto ao movimento Hip Hop e ao movimento negro, Mrs.Panikinho veio diretamente da Zona Leste para falar sobre o festival WAPI Brasil e a campanha “Eu Africanizo São Paulo”, que já conta com diversas personalidades dos movimentos -  Negro e Hip Hop.
 
Desfecho de ouro
Mas a grande surpresa mesmo ficou pro tão esperando show do MC Raphão Alaafin. Raphão, com seu DJ Case, levantou a galera com hits já consagrados como “Futebol na quebrada e racha”, “A feira”, entre outra. Uma participação especialíssima de James Bantu, Raphão silenciou o público com o hit “Ta mentindo, tindo, tindo”.  “É rap sim, rap não” levantou a galera e encerrou sua participação.
 
No dia 18, o Hip Hop invade a  EE Jd. Alegria II, no bairro Jardim Alegria ( um dos mais distantes do Centro de Francisco Morato), com oficinas de Break, de rima e de grafite.  Para garantir 100% de presença dos alunos, a programação acontece nos três turnos de aula e terá inicio após os intervalos de cada turno. 
 
Sexta (20) tem mais
O encerramento da Semana do Hip Hop de Francisco Morato acontecerá no dia 20 de maio com exibição do filme “Nos Tempos da São Bento” e bate papo com Dugueto Shabazz. Um super show com o grupo Caos do Subúrbio, com participação do Gaspar (Z’ África Brasil), fecha a Semana.
 
A 2° Semana do Hip Hop de Francisco Morato tem apoio da  ACE – Associação Cultura e Esporte JOVEM MORATO, da Prefeitura Municipal de Francisco Morato, do gabinete do vereador Anderson Silva  e do coletivo Psicologia de Rua.
 
Serviço
O que:  Apresentações da 2° Semana do Hip Hop de Francisco Morato
Quando: Abertura dia 13 de maio/ Encerramento dia 20 de maio
Onde: Teatro Laura Bressane (CSU)
Rua Virgilio Martins de Oliveira (altura do 750) – Centro – Francisco Morato
Informações: 4488-2145
 
Informações a Imprensa
Valéria Fonseca
Assessoria de Comunicação
 (11) 95768760/9152-4518