quarta-feira, 27 de abril de 2011

Criolo doido, a ultima mente sã do Hip-Hop??

Vamo divulgar o Rap nacional. Peguei essa matéria no site Noiz. Vale a pena conferir o trampo novo do Criolo.


26/04/2011 - por Site Nóiz

A RUA INDICA CRIOLO!

Por: Velot Wamba
O aguardado lançamento do segundo álbum do Criolo não decepciona. pelo contrário: coloca novos horizontes a serem vislumbrados.
Como não poderia deixar de ser, o NOIZ indica o disco do Criolo (ex-Criolo Doido), Nó na Orelha.
Produção fina de Daniel Ganjaman e Marcelo Cabral, o disco é variado nos estilos musicais que aborda mas sempre certeiro na interpretação do Criolo. É mais ou menos o seguinte: quem conhece a carreira do cara, vai trincar no jeito que ele aborda cada um dos estilos e continua “rap” até o talo.
Aquela intensidade característica do MC tá toda ali, seja cantando um bolero, mandando ver num reggae ou em um afrobeat azeitado. É sangue, suor e lágrimas o tempo todo, na cara. E ainda que o soul “Não Existe Amor em SP” sugira, o disco do Criolo transborda emoção e, sobretudo, amor. Muito amor.
Maior orgulho que, possivelmente um dos discos do ano, seja realizado por um dos MCs mais queridos do rap nacional.
Nó Na Orelha é só ideia pro alto e avante. O rap nunca foi tão rap. O rap nunca foi tão além do rap!
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Eu só tenho a dizer q esse album é louco. O mano viaja na idéia e no universo musical. Vc vai encontrar de tudo nesse álbum, desde referencia a seriados japoneses a musica brega"da melhor qualidade". Ouça e tire suas próprias conclusões.

Baixe aqui o primeiro álbum do Criolo e compare.



segunda-feira, 18 de abril de 2011

Revista Época faz matéria com a nova escola do Rap nacional

Achei essa matéria que saiu na época e trouxe aqui pra quem não teve oportunidade de ter a revista. Segue matéria. Me pareceu que a revista quis criar um clima de intriga entre a velha e a nova escola. Eu particularmente acho que tem espaço pra todos. Não é porque eu gosto de um estilo que eu não posso gostar de outro. E no final tudo é o nosso querido e amado Rap.

O rap virou pop



Esqueça a militância política. Os novos astros do gênero querem falar é de amor e amizade
ANDRÉ SOLLITTO E MARIANA SHIRAI. EDIÇÃO: LUÍS ANTÔNIO GIRON
Davilym Dourado
Quando se lembra da primeira vez em que entrou num estúdio de gravação, aos 17 anos, o rapper paulistano EMICIDA não se sente muito bem. “Eu era o rapper típico, aquela coisa tradicional: um bicho grilo desconfiado, desagradável e que não falava com ninguém”, diz. A visita ao estúdio na Zona Oeste de São Paulo, uma das regiões com custo de vida mais alto do país, lhe rendeu um estágio não remunerado. “Fui me adaptando. Morava na periferia e foi bom ter de sair dali todo dia”, afirma. Hoje, passados oito anos, Emicida é o destaque maior de um grupo de jovens músicos que tenta romper com os clichês sonoros e temáticos do rap nacional para soprar vida nova ao gênero.
Emicida é destaque de festivais nacionais de peso, como o Urban Music Festival, em maio, do Lupaluna, no mesmo mês, e do Rock in Rio, em setembro. Ele também é um dos participantes da edição atual do Rumos Música do Itaú Cultural, que mapeia novos talentos pelo Brasil. Emicida foi convidado ainda para participar do cobiçado festival americano Coachella neste mês na Califórnia (problemas burocráticos com seu visto, no entanto, podem comprometer sua participação).
Tamanho sucesso é fruto principalmente de uma mudança de atitude em relação ao gênero rythm and poetry (ritmo e poesia, versos falados a partir de uma base rítmica). Seu segundo CD, Emicídio, de 2010, causou um curto-circuito no rap nacional. A certa altura da faixa título, Emicida, até então mais conhecido por sua capacidade “matadora” de vencer concorrentes em batalhas de improviso (daí o apelido), diz: “Quem ganha mais com a miséria?/Os políticos, o Datena ou o rap?”. Comparar o rap com representantes corruptos da nação e com um apresentador sensacionalista pode ter criado desconforto. Mas Emicida diz ter recebido a bênção de alguns de seus maiores representantes, que reinaram no rap de protesto social dos anos 90, como Mano Brown, MV Bill, Marcelo D2 e Rappin’ Hood. “O rap estava muito chato. Só falava de problemas sociais, da favela”, diz D2. “O público não quer ouvir falar só disso. Essa nova cena continua falando de consciência social – que nos anos 90 a gente fazia de um jeito meio terrorista –, mas de maneira menos direta e mais poética.”

 Rodrigo Schmidt Rodrigo Schmidt
É o caso do maior sucesso de Rincon Sapiência, rapper paulistano de 25 anos, “Elegância”. A música trata de maneira descontraída e divertida do orgulho de se vestir bem e ser admirado pelas garotas por isso. Não deixa de ser uma música “engajada”: ela fala também da necessidade de não ser confundido com bandidos pela polícia, algo comum para negros da periferia. Para Sapiência, a possibilidade de inserir temas e melodias diferentes (ele mescla música eletrônica com sonoridades da capoeira, da umbanda e do candomblé) veio junto com a melhoria de vida nas periferias na última década. “Antes, a vida na periferia era tão ruim que aparecer com um tênis de grife era considerado uma afronta”, diz. “Hoje em dia é um orgulho para a classe C poder consumir coisas que não eram antes da periferia. É o mesmo para a música e para os recursos tecnológicos usados para consumir e produzir arte.”
Emicida também mistura ritmos. Quando ele começou a carreira, isso era uma heresia. “Esse tipo de nicho menor, como o rap, fecha muito a cabeça para outros tipos de música”, diz. Sua bagagem cultural (música negra americana e brasileira dos anos 70 e 80) ficou... na bagagem. “Teve um momento em que me tornei meio burro.” A ousadia foi quase inconsciente. Ao lançar sua primeira mixtape (compilação de músicas em CD caseiro) Para quem já mordeu um cachorro por comida até que eu cheguei longe, Emicida recebeu elogios pela mistura de ritmos. “Estava tudo em mim, e eu nem tinha percebido.” Em Emicídio, ele usou ainda mais melodias diversificadas e mudou os temas das composições, inserindo canções de amor e amizade. As duas mixtapes já venderam, juntas, 20 mil cópias.
Emicida já recebeu três contratos de grandes gravadoras. Recusou todos. Seu próximo disco, que ele considera ser o primeiro oficial, deverá sair em 2012, segundo ele com patrocínio de uma empresa multinacional. Emicida não queria perder a autonomia criativa nem passar pelo mesmo tipo de experiência que MC Slim Rimografia, de 32 anos. Depois de lançar dois CDs independentes (Financeiramente pobre, de 2003, vendeu 4 mil cópias), Slim assinou com o selo inglês Curve, que não o ajudou a lançar nenhum disco por dois anos, mas também não o deixava gravar de forma autônoma. Ele quebrou o contrato para produzir Mais que existir, que sai agora. O disco é uma ode ao rap da diversidade e aposta em ritmos brasileiros como o frevo, presente na faixa “Hinovação”. “O rap está quebrando barreiras”, diz Slim. “Essas misturas chegam a mais pessoas.”
   Reprodução
“Não temos medo de ser pop”, diz Lurdez da Luz, de 31 anos, que lançou sua primeira mixtape em carreira solo em 2010. “Somos a primeira geração que extrapolou a ideia de que o rap deveria ser feito apenas para quem faz parte do movimento.” Assim como a maioria de seus colegas, Lurdez usa referências da música brasileira dos anos 70 e 80.
Rael da Rima, de 28 anos, que compõe seu rap com o violão, diz que essa diferença pode ser valorizada no exterior. “O rap brasileiro tem de deixar de se espelhar no hip-hop americano. Quando a gente mistura ritmos nacionais, conseguimos muito mais espaço lá fora”, diz. Isso nem é novidade, diz Criolo Doido, de 35 anos, que lançará o CD Nó na orelha em maio, com sonoridades que vão do samba ao bolero. “Sempre existiu.” Segundo ele, as misturas ficavam escondidas, e agora a internet facilitou o acesso a elas.
O movimento tem até um eco dos rappers da década de 80. Naqueles tempos, o rap tocava em pistas, antes de ser engolido pelo movimento de protesto dos anos 90. Quem identifica o rap com o estilo gangsta pode se surpreender com os novos artistas. Eles cansaram do “mesmo recado rap padronizado” e agora querem “o dom da harmonia”.
Assista a Emicida falar sobre suas referências musicais




Emicida - "Rua Augusta"




Lurdez da Luz - "Andei"


Rincon Sapiência - "Elegância"


Flora Matos - "Esperar o Sol"




Slim Rimografia & Thiago Beats - "Mais que existir"


Rael da Rima - "vejo depois"



E aí, o que achou da matéria. Deixe sua opinião.

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Um mano da Periferia.

Um mano me passou esse video aki e flw pra dar uma olhada na criatividade do cara. Viva a produção independente.



Se vc tem um video, um musica q vc quer q faça dowload ou qualquer coisa que queira compartilhar, deixa o link aí nos comentarios que depois eu posto aqui.

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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Inquérito


Saiu um clipe novo do grupo Inquérito chamado Um brinde. Vale a pena conferir.


Videoclipe Um Brinde, do grupo Inquérito, dirigido por Vras77, lançado de forma independente, em uma campanha contra o álcool em mais de 170 pontos do Brasil e cinco pontos no exterior: Londres, Nova York, Cuba, Guiné Bissau e Lisboa.
Com cenas gravadas em Santa Bárbara D´Oeste, Nova Odessa e Campinas, o videoclipe passa pelo plantio da cana de açúcar, pelo etanol que abastece os carros, pelo produto que adoça os alimentos e bebidas e chega à cachaça e aos derivados e aos malefícios que a ingestão da bebida pode causar.



Aqui o clipe da musica Mister M do mesmo album Mudança


E aí, o que acharam?? Deixe seus comentários sobre os clipes e sobre o blog.
Aproveita e faz o download dos albuns do Grupo Inquérito.







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sexta-feira, 1 de abril de 2011

Revisitando clássicos III

Esse dias um mano passou um vídeo do tempo de quando estávamos descobrindo o que era esse tal de movimento Hip-Hop.  Esse video foi da Diva Queen Latifah.


Essa musica foi um sucesso na época que foi lançado, fazia muita gente pirar com o peso. Muitos Rappers começaram fazendo som nessa base. O pessoal ouvia nos domingos esse som naqueles programas que tinha de equipes de som como Chic-Show, BlackMad e Zimbabwe e corriam na segunda para as Grandes Galerias pra comprar o Vinil desse som. Até hoje esse som faz as caixas baterem pesado.
E isso me fez querer lembrar de sons que faziam dançar naquele começo do Rap aqui no Brasil.

Chubb Rock com seu "Melô da Largatixa"


Ndee Naldinho fez até versão. Alias era muito comum os Rappers brasileiros fazerem versões de musicas estrangeiras. O Rap nacional era mais inocente.


Too Short


Rodney O & Joe Cooley


Esse som aqui eu só soube o nome depois de muito tempo, agente só chamava de Melô do Leeeeeeeeeee. Alias tudo era melô de alguma coisa.

Ice-T - Colors

O Rap nacional tambem ja começava a engatinhar com Pepeu...

Thaide e DJ hum...

Racionais Mc's

Alias ja que o clima é nostalgia, baixe aqui alguns clássicos do Rap nacional.
Thaide & DJ Hum de 1989
BlackMad - Brasilian Rap - 1991
Consciencia Black vol 1- 1988
Pepeu The culture of Rap - 1989
Pepeu P. de Pepeu - 1991
e os famosos
Hip-hop Cultura de Rua - 1988 (o primeiro disco de Hip-Hop nacional)

e O Som da Ruas - 1988 (o segundo disco de Hip-Hop nacional)


Os dois discos foram lançados quase que simultaneamente e brigam pelo titulo de primeiro disco. Mas um foi lançado alguns dias antes.

Vida longa ao Hip-Hop nacional.